Gaivota!
Theca
Angel
Choro
porque a
minha
tristeza
insiste
nos
momentos
em que
sinto a
tua
falta
Procuro
vencer a
mágoa em
meu
peito
Sou uma
ave
arribada!
Nas asas
onde
muito me
pesa a
maresia
eu as
alongo
abertas
em voos
solitários
Tenho o
corpo
pelo
vento
açoitado
Choro
sem
lágrimas!
Se me
aparto
de meu
ninho, e
em voo
livre
me
arrojo,
a mim
tão
somente
compete
o
desafio,
porque
ao
decidir
se
acompanho
ou não
minha
vontade,
é por
amor que
o faço!
Ao abrir
minhas
asas,
plaino
indefesa,
o peito
aberto
exponho
em
desapego.
Resto em
novo
destino
ou
desapareço?...
Decidida
prossigo
em teu
encalço!
E se teu
canto me
atrai,
tento o
espaço...
E se te
alcanço,
ao teu
voo eu
me
alinho!
As asas
batem,
os
corações
ritmados,
prosseguimos
finalmente
lado a
lado!

Teus
Olhos
Theca
Angel
Não um
espelho
somente...
Não íris
coloridas
ou
pedaços
da alma!
Não um
céu de
primavera...
Não
centelhas
de luz
a
iluminar-me
a
estrada!
Teus
olhos
são
muito
mais...
Mais que
páginas
onde
leio
uma
história
de
sonhos.
Mais que
estrelas
a
descobrir,
mais que
horizontes
onde
nasce o
arco-íris
e
pirilampos
a
encantar
os
campos
na noite
que
transcende!
Teus
olhos
são a
expressão
do que
em teu
coração
escondes.
Através
deles,
não
consegues
mentir
ou negar
o que
tua alma
descreve
de tuas
ilusões
em
versos...
Olhos,
caleidoscópio
de cores
reportando
a
devaneios,
à
lembranças
que são
lidas
quando
fixas
tuas
pupilas
em meus
olhos!

Pesadelos
Theca
Angel
Fantasmas
que
povoam
minha
mente
Sombras
de um
passado
ainda
latente
Diáfanos
véus a
envolver
os
corpos
Arrepios
a
percorrer-me
o
ventre...
Lembranças
que
marcam
cada
passo!
Imagens
que
afloram
à retina
Músicas
que
recordo
ter
ouvido
Momentos
que
sinto já
ter
vivido...
Rostos
na
multidão
esquecidos
Perseguindo-me
em
pesadelos
revividos
Sensações
que
chegam
ressentidas
Retratos
que são
heranças
abandonadas!
Por que
então as
imagens
se fazem
fixas
em ruas
e
estradas
desconhecidas?...
Serão
somente
flashes
de
memória
ou
restos
de
emoções
envelhecidas?
Labaredas
a
consumir
o lenho
Histórias,
crenças,
hoje tão
definidas
Destino
que
traçado
volta à
tona
na fé
que era
sagrada
e me
abandona!
Sandálias
gastas
em
pedras
que
laceram
o pó da
estrada
entranhado
na
garganta
ir
adiante
como que
conhecendo
o
destino
sem
nunca
ter ido,
mas
recordando
ter
voltado!
E neste
torvelinho
em que
vivo
mesclam-se
sentimentos
que não
entendo
Alternam-se
a
vontade
e o
imenso
medo
e
querendo
a
verdade,
sinto
que
minto!

Hoje Sou
Poesia
Theca
Angel
Olhe
entre as
estrelas
lá me
encontro
Luzindo
meus
sonhos
no
infinito...
Não
quero os
restos
Não
colho
frutos
podres
Da
sordidez
fujo
Venha,
se
podes...
Aqui
encontrarás
a vida
esperanças
renascidas
Vozes
que o
vento
ainda
carrega
em
cantigas!
Rica de
sons
interno-me
em minha
história.
Não mais
enlouqueço
sem
honra,
sem
glória!
Nas
ideias
viajo...
Ousadas
quimeras!
Dou aos
pensamentos,
livres
asas!.
Enterrei
a
descrença
nas
inúteis
crenças...
A música
me sacia
Alimento
que
extasia!
Deixei a
amargura
a
cegueira,
a
loucura,
a insana
ousadia...
Hoje sou
poesia!

Renascer
Theca
Angel
Em meio
ao
intenso
nevoeiro
nada
vejo...
Aturdida,
preciso
encontrar
a
estrada!
Não há
placas
indicando
o
caminho,
na
penumbra,
árdua é
a
caminhada!
Retiro
bem lá
de meu
interior
a força.
Acreditava
não mais
possuir
argumentos,
para
fazer
valer os
meus
intentos,
sentia-me
sem
alento,
vazia e
fraca.
Aos
poucos
faz-se
luz, é a
alvorada!
Chega
com a
energia,
desperta
na
poesia,
e, como
lavas de
um
vulcão,
vem à
tona...
A ilusão
e o
sonho
que não
me
abandonam!
Desfazem-se
as
brumas
com a
brisa
e
descubro-me
em meio
a
campinas,
onde em
flores
ainda
úmidas
de
sereno
gotas
jazem
brilhando
em suas
pétalas.
Há sons
de
arrulhos
espalhando-se
pelo
espaço.
É a
natureza
expandindo-se
em
algazarra.
Na
suavidade
da manhã
eu bebo
o amor
na taça
que me
faz
esquecer
a dor!

Meus
Retalhos
Theca
Angel
Ontem
abri
minha
rica
caixa de
segredos.
Aquela
guardada
num
escaninho
da
mente,
escondida
no
jardim
onde
cultivo
o
carinho
e para
onde
envio as
imagens
mais
marcantes.
Deixei
que dela
saíssem
incontáveis
retalhos,
coloridos,
monocromáticos,
de
variados
tamanhos
e
densidades...
em cada
um
escrito
a
palavra
saudade!
Cada
retalho,
com
estampas
ou sem
elas
fui
segurando
entre
meus
trêmulos
dedos
repassei-os,
umedecendo
com
gotas de
lágrimas
marcas
dos
vários
sentimentos
que os
criaram!
Coloquei-os
sem
pré-escolha,
lado a
lado
Tomei de
uma
agulha
linha e
fui
juntando
pacientemente,
os
delicados,
frágeis
pedaços.
Em um
lindo
filme
diferente,
transformando!
Não
deixei
que
cores
iguais
ou
desenhos
se
acomodassem
em pares
e o
resultado
foi tão
magnífico
quanto
surpreendente
sem
perder
um
instante,
o fio da
história!
Os
sentimentos
ficaram
visíveis,
evidentes,
naquela
desconexa
nova
colcha
de
retalhos...
que em
estéticas
diagonais
simplesmente
refez,
ao
acaso,
minha
linha da
vida
materializada!
No
centro
ficaram
concentradas
as
flores
que
estampadas
ainda
conservavam
as cores
deixando
para as
pontas
em tiras
delicadas
os
caminhos
onde
ainda se
escondem
os
sonhos...
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Theca
Angel
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